quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Saiba Como Surgiram Alguns Brinquedos




BARBIE - Boneca é modelo no mundo inteiro
De astronauta a vegetariana, quase todas as meninas já sonharam em ter uma Barbie em casa. A boneca foi apresentada ao público pela primeira vez em 1959 em Nova York e desde então é a preferida das meninas.
BOLA - O brinquedo mais antigo do mundo
Quem nunca brincou de jogar bola? O objeto que embala sonhos de um dia ser famoso e rico por causa dos talentos em campo existe há mais de 6500 anos. As bolas eram feitas de crinas de animais ou fibra de bambu. A de futebol ficou conhecida no Brasil em 1894, quando Charles Miller veio ao País e implantou as regras do jogo.
BOTÃO - Susto na escola!
No Brasil, o jogo de botão surgiu pela primeira vez em 1930 quando um aluno de uma escola no Rio de Janeiro inventou moda ao arrancar os botões da cueca para brincar na grande base de madeira. Mais tarde os meninos começaram a jogar as partidas com os botões das calças. A reação da escola: proibiram o brinquedo.
CARRINHO - Da madeira a metal
Os primeiros carrinhos eram feitos de madeira e surgiram com a criação dos automóveis pela indústria Renault. Atualmente, os carrinhos encontrados nas lojas são de plástico, de metal, ou acrílico. Os tradicionais de madeira também ainda podem ser encontrados.
CATA-VENTO - Inspirado nos moinhos de vento
O cata-vento teve sua criação estimulada pelos moinhos de vento, inventados para gerar energia e moer grãos. Há registros de que o brinquedo surgiu na China, antes de Cristo.
PALAVRAS-CRUZADAS - Passatempo era publicado somente em jornal
As palavras cruzadas surgiram nos Estados Unidos em 1913. Publicadas como um exercício mental no jornal New York World. Atualmente, o jogo é atração tanto para crianças como para adultos.
LEGO - De cubinho em cubinho...
Os famosos bloquinhos também têm uma cidade de verdade, localizadas na Dinamarca, Estados Unidos e Inglaterra.
DAMA CHINESA - Peças coloridas
Um dos jogos mais conhecidos da China, a Dama Chinesa nasceu na Europa no século XIX e existe na Suécia desde 1880, por isso muitas pessoas questionam a origem do nome da brincadeira.
SOLDADINHOS DE CHUMBO - Treinando para a guerra
Esses pequenos amiguinhos de muitos garotos eram brinquedos de guerra para jovens reis como Luís IX. Entre guerra e paz, no século XXI garotos também gostam de colecionar soldadinhos de chumbo e conservá-los como raridade, apesar dos soldadinhos de plástico serem maioria no pelotão.
URSINHO DE PELÚCIA - Amigos fofinhos
O primeiro bichinho de pelúcia que surgiu foi o Teddy Bear, em 1903 na Alemanha. O ursinho de pelúcia conquistou todo o mundo com sua simpatia. Hoje, esses bichinhos são uns dos preferidos da garotada.
XADREZ - Regras de 1550
O xadrez teve origem na Índia, onde recebeu o nome de chaturana . O jogo ficou conhecido na Europa no século XI levado pelos soldados que integravam os pelotões das Cruzadas. Até hoje as regras do xadrez são as mesmas de 1550.
POKÉMON - Monstrinhos animados
Nascidos em 1995 no Japão, a turma de Picachu diverte crianças com as aventuras em Pallet Town. Os "monstrinhos de bolso" foram inventados por Satoshi Tajiri a partir dos jogos Game Boy.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dicas de interpretação - parte 1

No último artigo dei dicas importantes e recomendei livros do Stanislavisk para leitura. Falamos um pouco sobre um dos principais métodos de interpretação, que é a base de todo início do aprendizado do ator.

Hoje, falarei um pouco sobre alguns erros cometidos nas encenações das igreja que ajudarão na melhoria da qualidade do seu trabalho ministerial.

A primeira dica que dou, e que mais ocorre nas apresentações de peças em igrejas, é o ator ficar de costas ao público. Muitas vezes a pessoa que está atuando não tem nem noção de que está de costas, ou ignora esse cuidado por algum motivo. Ou isso ocorre porque porque o ator acha que deve ficar de frente à pessoa com quem encena. Primeiramente, o diretor deve direcionar o ator e, junto com ele, chegar a um consenso, perguntando-se: "realmente é necessário ficar de costas ao público nesta cena?", "será que essa fala deve ser direcionada ao público ou ao personagem?".

Lembremos sempre que o teatro é um jogo e, apesar de falar sobre a vida real, ele não deve imitar a vida real. Infelizmente a nossa maior referência de interpretação é a televisão. Porém, essa referência de nada serve na hora de montar uma peça pois teatro usa um método diferente, é outra realidade de trabalho. Por isso, insisto mais uma vez, é importante frequentarmos teatros para habituar o olhar ao estudo da interpretação.

Segunda dica, que também é um dos problemas mais terríveis que existem dentro dos grupos: andar em cena ou gesticular demais. Ora por nervosismo, ora mero "tique nervoso". Uma dica para quem gesticula demais é prender os braços enquanto estiver ensaiando. Isso ajuda a diminuir o uso do gesto e até mesmo eliminá-lo.

Sobre o andar, falar a cena parado no lugar também ajuda. Após alguns minutos, o diretor dá as coordenadas de movimentação. Um jogo que também ajuda nesta questão é a dança das cadeiras. As pessoas andam aleatóriamente em volta de cadeiras jogadas no espaço. Após a indicação do diretor todos devem sentar na cadeira mais próxima. Quem sobrar fala seu texto.

Terceira dica que acredito ser muito importante é a fotografia de cena. Alguns cuidados devem ser tomados quando construímos uma cena: um ator não deve ficar na frente do outro, deve-se analisar se a estética é interessante de se olhar, se algum ator está de costas na cena - e se esta pede que ele esteja mais voltado ao público ou não, etc. São orientações que o diretor deve passar aos atores em cena.

Um exercício interessante que ajuda na montagem de cena são exercícios com o uso de movimento quebrados. Ao som da batida de palma dada pelo diretor os atores mudarão de posição e congelarão -virarão estátua. A cada palma deve-se mudar de posição e congelar (enrijecer a musculatura). Isso ajuda a fazer vários estudos de cena interessante e, conforme a agilidade das palmas, você consegue várias propostas interessantes de cena.

No próximo artigo continuo com dicas e deixo como sugestão de leitura dois livros da teatro-educadora Viola Spolin, "Improvisação para o teatro" e "O jogo teatral no livro do diretor". Aproveito também para indicar para reflexão o livro "Cristiano Criativo, do Steven Turner.

Eu sou um palhaço de Jesus! parte 2

"Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus" (Mt 18:1-4).

Para ser um palhaço de Jesus você deve esquecer os paradigmas, quebrar tabus, perder a vergonha e despertar a criança que existe dentro de você. O despertar do palhaço nada mais é do que o retorno as nossas ingenuidades, por meio da exposição de nossas emoções primárias. Quando você se liberta dos paradigmas e sentimentos que o inibe você se entrega aos sentimentos de pureza, atos de ingenuidade, alegrias, descobre coisas novas e sobrenaturais. O cristão deve ter essa pureza em seu coração. Infelizmente a vida nos ensina a seguir regras, a sermos duros conosco. As cobranças do dia a dia nos faz esquecer que Deus nos deu a liberdade plena de louvá-lo com o nosso viver. E para isso não existem regras e nem dogmas a se seguir. Por esse motivo que eu amo tanto o palhaço! Ele é uma criança pura que está descobrindo e inventando sempre. Mas hoje quero falar de duas características importantes do palhaço: o nariz e o olhar. O nariz do palhaço, pequeno globo vermelho, é a menor máscara do mundo. Ele nos dá liberdade total para sermos sinceras sem correr riscos de julgamentos, de ser ingênua sem ser chamada de tola. Mas nem sempre o nariz faz o palhaço. Charles Chaplin usava um pequeno e retangular bigode como a marca de seu clown. E existem palhaços, como o Mister Bean, que não usam nenhum tipo de acessório ou máscara.

Agora, o olhar, esse sim é importante! Os olhos são os instrumentos principais e essenciais de trabalho do palhaço. Através dos olhos é que ganhamos a confiança da criança ou do adulto. Sem medo, o palhaço olha para tudo e todos. Ele sempre olhar bem fundo nos olhos das pessoas porque deseja saber se o outro gosta ou não de sua graça. Esse olhar é fundamental no palhaço.

Diferente do ator tradicional, o palhaço usa o olhar do público como muleta de sua apresentação. Ele aproveita a aceitação que o público tem em relação à figura do palhaço e não hesita em procurar nos olhares do público a resposta à aprovação de sua apresentação.

Vale lembrar que em muitas situações haverão pessoas que terão medo do palhaço, pensando no vexame que é ser "incomodado" ou abordado. É nestas horas que a sabedoria do Senhor deve agir em nosso coração para saber a hora e a forma certa de abordar e brincar. Caso o palhaço faça uma brincadeira e sinta que não agradou, ele deve ter a humildade de reconhecer, desculpar-se e se retirar com toda sua inôcencia e simplicidade. E em nenhum momento o olhar do palhaço deve ser agressivo, acusador ou debochador. Cabe ao palhaço estimular o amor e a aceitação do publico, sem constrangimentos, com ousadia para que seu trabalho fique no coração e mente das pessoas.

Agradeço a Inaiá e ao Artur, do grupo Esparatrapo (www.esparatrapo.com.br) por essas lições que agora repasso a vocês.

Eu sou um palhaço de Jesus! parte 1

Todos os dias do aflito são maus, mas o de coração alegre tem um banquete contínuo." - Provérbios 15:13-15

Muitos pensam que ser palhaço é pura palhaçada!

Desde já digo que se você também pensa assim está totalmente enganado. Pode até não parecer, mas palhaço é coisa séria!

Desde os primórdios o palhaço é visto por alguns como uma arte menor, um ser bobo que faz trapalhadas para chamar a atenção das pessoas. Mal sabem essas pessoas que ele é o ser mais inteligente da face da terra! Ao contrário de nós, o palhaço tem uma grande vantagem: pode ser integralmente sincero. Um grande exemplo disso é o bobo da corte. Se qualquer pessoa do reino fosse até o rei e falasse "algumas verdades" com certeza iria para a forca. Já o bobo podia falar tudo o que quisesse ao rei que não corria esse risco. O rei o ouvia, acatava e até achava graça em tudo aquilo. Que coisa, não?!

O palhaço é um ser sincero por natureza, que brinca com os defeitos que o ser humano adulto aprendeu a desprezar. Enquanto nós buscamos a perfeição, o palhaço busca a imperfeição.

Por esse motivo, as pessoas, em especial as crianças, identificam-se tanto com os famosos palhaços de hospitais. Enquanto os adultos que a cercam (médicos, enfermeiras, pais) não respeitam o seu "não", o palhaço respeita. Se ela não aceita a brincadeira e pede para ele ir embora, ele vai. E ela tem a certeza que, no outro dia, ele voltará e perguntará a ela se pode ficar. E se ela deixar, ele ficará.

Ser palhaço não é ser bobo. Ser palhaço é ser sincero e amigo. É respeitar os sentimentos do seu próximo. É brincar com o lúdico, o imaginário. O adulto é um ser lógico que não aceita seus erros e quer sempre se superar. Já o palhaço, quer apenas ser ele mesmo.

E é por isso que o palhaço encanta tanta gente! O jeito cativante e ingênuo do palhaço leva as pessoas a sorrirem e se abrirem para o mundo. E quando isso acontece, devemos aproveitar a oportunidade para lançar a semente de Jesus em seus corações.

Para aqueles que gostariam de conhecer mais sobre a arte do palhaço e saber como utilizá-la para ganhar vidas para Jesus, indico o Ministério Terra dos Palhaços, do Marcos Botelho. Esse ministério faz parte dos Jovens da Verdade.

Site e contatos: www.terradospalhacos.com.br.



Nos próximos artigos, falaremos sobre esse assunto.

Extrair a couraça e aprender a moldar os defeitos

Ao ler o artigo de um amigo lembrei-me das palavras da Lily Curcio no curso de clown que fiz lá no vergueiro. Fiz questão de recolocar na íntegra - peguei no site do grupo "Seres de Luz de teatro":

"Uma couraça para não sentir / Uma couraça para não dar, outra para não receber / Uma couraça para evitar o verdadeiro / E um nariz para destruir todas elas e poder mostrar a nossa alma".

O ser humano vive de couraças. Quando trabalhamos a arte do clown aprendemos a tirar as couraças e a reconhecer nossos defeitos. É uma forma de aceitar seus defeito e assim iniciar um trabalho de "modelagem" com seu próprio eu. No clown usamos os defeitos e falhas, elas ficam em evidência no processo de construção do palhaço porque o palhaço nada mais é do que a verdade de cada indivíduo. É um processo muito doloroso! Acho que é por isso que aprendi a respeitar tanto essa arte - não é fácil ser palhaço.

Os homens vêem a "fachada", mas Deus nos vê através das couraças que escondem o que somos de verdade. E, por mais que nosso verdadeiro eu nos envergonhe, Deus é capaz de dizer que nos ama e que confia em nós da forma que somos e que a única coisa que Ele quer é nossa sinceridade e pureza diante Dele. Ter coração puro e sincero diante de Deus é ser ciente de suas falhas, assumi-las diante do Pai. E, a partir desta confissão, iniciar um trabalho de "modelagem". É como um dependente químico: ele é ciente que nunca estará curado, que sempre terá o desejo de usar a droga. Daí o indivíduo confessa essa falha diariamente e busca nesta confissão força para lutar contra o mal. Ele poderá recair no meio do caminho, e quando isso acontecer terá que começar o tratamento da estaca zero.

Infelizmente, não temos como desaparecer com nossos defeitos. Eles sempre conviverão conosco e, nos momentos de fragilidade, estarão em evidência como nunca em nós. E quando menos imaginar transparecerá aquilo que você tanto esconde. E em muitas situações você nem se dará conta disso.

Mas quando isso acontecer, a única coisa que precisamos fazer é assumir nossas falhas e fragilidades, pedir perdão quando se faz necessário, e se derramar perante o Senhor reconhecendo seu erro. Deus nos ajuda a tratar nossos erros a partir do momento que nos quebrantamos diante Dele.

O melhor de tudo é saber que Deus está conosco, fortalecendo nosso coração enquanto passamos por esse processo de extração das couraças.

A fascinante arte de contar histórias

Uma das formas de motivar os pequenos a conhecer as escrituras é através da contação de histórias. Podemos disse que essa é uma técnica muito antiga; era a forma que os mais velhos tinham de passar seus conhecimentos ou orientar os mais novos. Os povo orientais são nossas referências na técnica, em especial o povo afegão com o famoso Nasrudim (vale a pena conhecer seus contos!).

Não existe muito segredo para contar histórias. Creio que muito de nós já fazemos uso dessa arte quando nos reunimos com a família para contar as histórias de nossos avós, bisavós e outros "causos". Mas é claro que toda técnica para aprimorar é sempre bem vinda!

Por esse motivo deixo aqui algumas dicas para aqueles que usam esse recurso na igreja:

1 - Estude o texto - nunca leia o texto apenas na hora de contá-lo ao público. O interessante é você lê-lo antes, analisá-lo ( onde a história aconteceu, quem eram os personagens, fatores culturais, o que essa história nos ensina, etc). Além do domínio do contexto também é importante estudar a forma de interpretar o texto (como posso deixá-lo mais interessante? o que devo destacar?). E, a dica mais importante: conte com as suas palavras. Assim, você chamará mais a atenção das pessoas.

2 - uso de recursos lúdicos - essa dica vale, em especial, quando se trabalha com crianças (especialmente as menores de 7 anos). Muitos usam fantoches, dedoches, dobraduras, avental de contação de história (tem vários a venda na internet), entre muitos outros. Mas confesso que o recurso que mais gosto é o uso de material do dia a dia. Por exemplo, um espanador pode virar um macaco; um leque um belo pavão, o garfo e a colher são o menino e a menina, e assim vai. As crianças ficam encantadas com esse tipo de recurso e nunca esquecem da história.

Outra dica é que você monte as suas histórias. E, para os que trabalho com evangelismo, em especial em capelanias, montar histórias que falam de Deus sem falar o nome de Deus. Parece complicado, mas não é!

Em ambientes como hospitais, escolas ou mesmo parques, somos proibidos de pregar religião. Mas nada te impede de contar as aventuras do menino Davi. Todos vão querer conhecer o bom pastor que cuida das suas ovelhas com amor, e vão se interessar pela história do menino que ouvia uma voz ( a voz que dizia chamar-se Capitão dos Exércitos). Você vai se surpreender com as histórias que montará!

Para os que pesquisam contos para crianças e jovens indico o Nasrudim e o livro "Lendas Judaicas" do escritor Ilan Brenman, além da coleção "contação de história de bolso" com histórias de vários países, inclusive do Brasil.